quarta-feira, 30 de junho de 2010


Menina do anel de lua e estrela
Raios de sol no céu da cidade

Brilho da lua oh oh oh, noite é bem tarde

Penso em você, fico com saudade
Manhã chegando Luzes morrendo, nesse espelho
Que é nossa cidade
Quem é você, qual o seu nome
Conta pra mim, diz como eu te encontro
Mas deixa o destino, deixe ao acaso
Quem sabe eu te encontro
De noite no Baixo Brilho da lua oh oh oh, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade

terça-feira, 29 de junho de 2010


Eu quero a sina de um artista de cinema
Eu quero a cena onde eu possa brilhar
Um brilho intenso, um desejo, eu quero um beijo
Um beijo imenso, onde eu possa me afogar
Eu quero ser o matador das cinco estrelas
Eu quero ser o Bruce Lee do Maranhão
A Patativa do Norte, eu quero a sorte
Eu quero a sorte de um chofer de caminhão
Pra me danar por essa estrada, mundo afora, ir embora
Sem sair do meu lugar
Pra me danar, por essa estrada, mundo afora, ir embora
Sem sair do meu lugar
Ser o primeiro, ser o rei, eu quero um sonho
Moça donzela, mulher,dama, ilusão
Na minha vida tudo vira brincadeira
A matina é verdadeira, domingo e televisão
Eu quero um beijo de cinema americano
Fechar os olhos fugir do perigo
Matar bandido, prender ladrão
A minha vida vai virar novela
Eu quero amor, eu quero amar
Eu quero o amor de Lisbela
Eu quero o mar e o sertão
Eu quero amor, eu quero amar
Eu quero o amor de Lisbela
Eu quero o mar e o sertão

-espiou pela janela. Devia ter visto o céu avermelhado sobre o rio, o laranja do céu, o quase roxo das nuvens amontoadas no horizonte das ilhas. Voltou os olhos pra mim. Pupilas tão contraídas que o verde parecia vidro liso, fácil de quebrar.

segunda-feira, 28 de junho de 2010


"Mas eis que me feri na roseira ao colher uma rosa. A roseira dirá: "Que importância eu tinha para você?" Chupo meu dedo, que sangra um pouquinho, e respondo: "Nenhuma, roseira, nenhuma. Nada tem importância na vida (nem mesmo a vida). Adeus roseira"."

O amor do pequeno príncipe, cartas a uma desconhecida- Antoine de Saint


"A espera. Os passos leves. Depois as horas que correm frescas como um riacho em meio á relva sobre seixos brancos. Os sorrisos, as palavras sem importância que são tão importantes. Escutamos a música do coração: é linda, linda para quem sabe ouvir...Queremos muitas coisas, é claro. Queremos colher todos os frutos e todas as flores. Queremos sentir o cheiro de todos os campos. Queremos brincar. Será mesmo brincar? Nunca sabemos onde começa a brincadeira nem onde ela acaba, mas sabemos que somos carinhosos. E ficamos felizes."(pag-23)

"A vida é difícil. Porém, conheço bem os perigos do mar. Já naveguei tanto pelo mundo. Senti tanta dor. Mas também já saqueei tanta coisa. Pulei muros, roubei frutos nos pomares, passeei tanto com o amor sob as estrelas. E naquela noite, era como um velho capitão experiente a bordo de um naviozinho. Devia conduzi-lo á luz do dia...Tinha que fazê-lo atravessar docemente a noite, como o mar, até o amanhecer. Eu dizia ao naviozinho: "Você é um lindo naviozinho, muito corajoso. E estou muito feliz por ter podido ser, uma vez, seu capitão até o amanhecer"."

domingo, 27 de junho de 2010


[...]no dia seguinte Henri chega carregando um ramalhete de rosas vermelhas. As rosas haviam sido escolhidas com o maior cuidado. Era capaz de ficar longo tempo examinando uma flor, principalmente uma rosa, que era a sua flor preferida. Não se fala mais nos moveis, Henri fala de flores, elas são uma dádiva de Deus. Fala de música, e de Mozart e Debussy. Musica e flores são sua paixão na vida. Um verdadeiro cavalheiro pensa madame Pascal, vê-se que tem berço, que é bem-nascido, distinto, educado, fino, sabe tratar uma dama.

O segredo me atrai ainda mais.

Relatório de Carlos, 64 contos de Rubem Fonseca.


"[...]mas talvez fosse por isso, por ela me amar loucamente que eu não conseguia amá-la no mesmo diapasã, que raio de sujeito pervertido eu era, precisava de incerteza, precisava lutar pelo amor, como fazia com Norma, para continuar amando. O homem é um ser complicado e infeliz. Dirão: nem todos são assim, existem os normais, aqueles que só gostam das mulheres que gostam deles, que só querem aquilo que podem alcançar, que só fazem o que podem fazer, que só vão aonde podem ir. Mas Norma era feita do impossível, de frustrações e ranger de dentes, de audácia e imprecações, de sofrimento e esplendor, de ferocidade, pertinácia, crueza e obstinação. Era isso o que só Norma me dava. E como Tereza não me fizera esquecer Norma, cismei que tinha que procurar outra. Outra que me enchesse de vida."

quinta-feira, 17 de junho de 2010


Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá

Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade

Eu quis te convencer mas chega de insistir

Caberá ao nosso amor o que há de vir

Pode ser a eternidade má
Eu ando em frente por sentir saudade.
Clipes e giz de cera na minha cama

Todos pensam que estou triste

Vou passear nas melodias e abelhas e pássaros

Ouvirão minhas palavras

Estaremos nós dois e você e eles juntos

Eu posso esquecer de mim mesmo
Tentando ser todos os outros

Eu sinto que podemos ir embora

E satisfazer meu dia
Eu te deixo ficar se você se render

Eu quis te conhecer, mas tenho que aceitar

Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá

Pode ser a eternidade má

Eu ando sempre pra sentir vontade

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Olho para a chuva que não quer cessar
Nela vejo o meu amor
Esta chuva ingrata que não vai parar
Pra aliviar a minha dor

Eu sei que o meu amor pra muito longe foi
Numa chuva que caiu
Oh, gente! Por favor pra ela vá contar
Que o meu coração se partiu

Chuva traga o meu benzinho
Pois preciso de carinho
Diga a ela pra não me deixar triste assim...
O ritmo dos pingos ao cair no chão
Só me deixa relembrar
Tomara que eu não fique a esperar em vão
Por ela que me faz chorar.

Oh, chuva traga o meu benzinho!
Pois preciso de carinho
Diga a ela pra não me deixar triste assim

O ritmo dos pingos ao cair no chão
Só me deixa relembrar
Tomara que eu não fique a esperar em vão
Por ela que me faz chorar.

Oh, chuva traga o meu amor!
Chove, chuva traga o meu amor
Oh, chuva traga o meu amor!
Chove, chuva traga o meu amor.

Hoje - tantos anos depois, neurônios arrebentados de álcool, drogas, insônia, rejeições, e a memória trapaceia, mesmo com a atenção voltada inteira para o centro seco daquilo que era denso e foi-se dispersando aos poucos, como se perdem o tempo e as emoções, poeira varrida, por mais esforços que faça, plena madrugada, sede familiar, telefone - mudo - não consegue lembrar de quase mais nada além disto tudo que tentou ser dito sobre Beatriz ou ele mesmo ou aquilo que agora chama, com carinho e amargura, de: Aquele Tempo. Tempo, faz tanto tempo, repetem - esquece. Continuam a dizer coisas que ele não entende.


Tem aquele gosto doce de menina romântica e aquele gosto ácido de mulher moderna.

quinta-feira, 10 de junho de 2010


"há coisas piores do que estar só mas costuma levar décadas até que o percebamos e frequentemente quando o conseguimos é tarde demais e nada pior do que ser tarde demais."

(Achei num perfil de orkut, gostei disso!)

terça-feira, 8 de junho de 2010


'' Eu gosto do teu silêncio. Mas também gosto
de tuas palavras - acredite. Mas não vim aqui para te falar de ruídos -
ou não - , estou aqui para te falar de céu, mar, estrelas e tapioca -
como naquele dia, lembra? - Ontem por incrível que pareça todos os
lugares que pisei eu te procurei. Teus rastros ficaram por lá. O
balançar de teus cabelos e esse teu jeito meio atacado de ser. Fiquei
feliz em poder sentir tua falta, - a falta mostra o quão necessitamos
de algo/alguém.
É assim o nosso ciclo. Eu te preciso. Perto, longe,
tanto faz. Preciso saber que tu está bem, se respira, se comeu ou tomou
banho - com o calor que está fazendo neste verão, tome pelo menos uns
três ao dia, e pense em mim, estou com calor também. Me faz bem pensar
nessas atividades corriqueiras, que supostamente você está fazendo.
Ah,
e eu estou te esperando, com meu vestido curto, óculos escuros grandes
e meu coração pulsando forte, e te abraçar até sentir o mundo girar
apenas para nós. É, eu gosto muito de ti.''

sexta-feira, 4 de junho de 2010


Lua Adversa

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia, o outro desapareceu...


"Todos os seus sorrisos eram um pouquinho tristes nas extremidades, como se ele soubesse que a felicidade não dura muito tempo”.
(Melanie Benjamin in Eu sou Alice)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Uma homenagem a amiga Deise!
Com suas infinitas interrogações na cabeça!

Diga a verdade ao menos uma vez na vida
Você se apaixonou pelos meus erros
Não fique pela metade,
Vá em frente minha amiga
Destrua a razão deste beco sem saída

Diga a verdade ponha o dedo na ferida
Você se apaixonou pelos meus erros
E eu perdi as chaves, mas que cabeça minha
Agora vai ter que ser para toda vida


Somos o que há de melhor...
Somos o que dá pra fazer...
O que não dá pra evitar,
E não se pode escolher...

Se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho
Eu gravaria no metal da minha pele o teu desenho
Feitos um pro outro
Feitos pra durar
Uma luz que não produz sombra

Somos o que há de melhor,
Somos o que dá pra fazer
O que não dá pra evitar,
E não se pode esconder...